Estão em vigor as novas regras para o financiamento de material de construção utilizando recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A linha de crédito serve tanto para a construção quanto para a reforma e pode ser feita tanto para imóveis urbanos quanto para rurais.
Todo trabalhador interessado em pedir o financiamento precisa possuir conta vinculada do FGTS; no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes; apresentar contrato de trabalho ativo ou saldo em conta vinculada correspondente a, no mínimo, 10% do valor da avaliação do imóvel; capacidade de pagamento compatível com o financiamento, que pode chegar até R$ 20 mil; e valor máximo de avaliação do imóvel de R$ 500 mil.
Não há uma renda mínima ou máxima exigida e o prazo para o pagamento da dívida é de 10 anos, com taxa de juros de 10,66% ao ano. A nova linha teve uma redução na taxa de risco de crédito, que substitui o seguro, de 0,55% ao mês para 0,26% ao mês.
Segundo o Ministério das Cidades, para o exercício de 2012, o programa conta com R$ 300 milhões, e o limite máximo para a execução da obra é de 24 meses. “A reforma é uma modalidade que objetiva a execução de obras e serviços que permitam sanar problemas de habitabilidade, salubridade, segurança ou acessibilidade da edificação e ainda que possibilitem o desenvolvimento sustentável ou a preservação do meio ambiente, exclusivamente”, afirmou o Ministério.
Os financiamentos serão feitos pela Caixa Econômica Federal, mas outras instituições financeiras também poderão participar. No entanto, segundo a assessoria regional da Caixa, ainda não há qualquer previsão para que o produto seja disponibilizado para o público.
Interessados na contratação de operações de crédito que se encontrarem em situação irregular perante o FGTS ou com restrição no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) terão seus pedidos vetados.
Interessados na contratação de operações de crédito que se encontrarem em situação irregular perante o FGTS ou com restrição no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) terão seus pedidos vetados.
De acordo com o Ministério das Cidades, com base na estimativa de déficit habitacional urbano estimada a partir da pesquisa nacional por amostra de domicílios feita pelo IBGE, a região Sudeste é a que ficará com a maior parte dos recursos (42,5%), seguida pela Nordeste (28,2%), Norte (9,68%), Sul (11,21%) e Centro-Oeste (8,37%).
Instrução prevê condições para operação
A Instrução Normativa número 34, que regulamenta a nova linha de crédito, traz algumas exigências técnicas que serão levadas em consideração na hora do pedido. O objetivo é estabelecer condições mínimas que ofereçam segurança técnica e jurídica, regularidade fiscal e trabalhista e qualidade para as operações de financiamento no âmbito do Financiamento de Material de Construção.
As propostas selecionadas que chegarem à fase de contratação precisarão, de acordo com a forma definida por cada agente operador, de um projeto aprovado e alvará de construção, expedido pelo órgão municipal competente; apresentação de certidão de registro da incorporação para condomínios ou do loteamento, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente; entre outras. A lista completa com as exigências está no site do Ministério das Cidades (www.cidades.gov.br).
Crédito é 22,6% maior no ano
A superintendência regional da Caixa Econômica Federal liberou, no período que vai de janeiro a outubro de 2012, R$ 1,2 bilhão em créditos imobiliários na região de Rio Preto, que compreende 136 municípios. O número já é maior que o valor total liberado em todo o ano de 2011, que chegou a R$ 979,7 milhões. O volume operado neste ano é 22,6% superior ao do ano passado.
Em relação ao número de unidades 2012 ainda está abaixo de 2011, com 14.289 contra 15 mil. No entanto, segundo o superintendente regional da caixa Clayton Rosa Carneiro, a expectativa é a de que o número de unidades de 2012 também supere 2011. “Estamos com um crescimento considerável e bem acima do crescimento nacional”. No Brasil, a Caixa alcançou R$ 80,2 bilhões, valor que já é o mesmo registrado em 2011, uma alta de 36,2% em relação ao mesmo período no ano passado, quando chegou a R$ 58,8 bilhões.
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